- Você sabe que você não presta.
- Para quem tem princípios como os seus não presto mesmo.
- Tá esperando só se ver livre de mim. Para ter meu dinheiro, para me ver pelas costas.
- Só quero ter meu silêncio.
- Enquanto você estiver aqui vai me escutar. Escutar o que eu penso. Escutar que você está errada.
- Errada por ser igual à você? Errada por repetir seus erros? Eu não vou ser uma chance de você vencer as suas frustrações.
- Você se acha muito melhor que eu, mais esperta, mais sábia. Pois vai ver quando tiver a minha idade.
- Espero pelo menos ter minhas próprias frustrações.
terça-feira, 29 de setembro de 2009
sábado, 5 de setembro de 2009
Essa é de infância
Mais uma memória para se deliciar.
Brincava na areia. Uma areia nem limpa, nem suja. Acho que era uma areia mediana.
Estava mormaço. Minha pele ardia.
Brincava de fazer formas, apertar a areia nas mãos. Às vezes misturava água só para ter uma textura nova.
Não tinha talento, ao menos sei que escultora não fui, pois fazia formas disformes que ninguém sabia o que era. Ninguém via minha sala mobiliada, com sofá, poltrona e tv. Ninguém reparava na família feliz de tatuis que ali viviam. Ninguém precebia meu projeto de vida.
Brincava na areia. Uma areia nem limpa, nem suja. Acho que era uma areia mediana.
Estava mormaço. Minha pele ardia.
Brincava de fazer formas, apertar a areia nas mãos. Às vezes misturava água só para ter uma textura nova.
Não tinha talento, ao menos sei que escultora não fui, pois fazia formas disformes que ninguém sabia o que era. Ninguém via minha sala mobiliada, com sofá, poltrona e tv. Ninguém reparava na família feliz de tatuis que ali viviam. Ninguém precebia meu projeto de vida.
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